Por Línik Sued
Pessoas nas ruas, todos com suas vidas. Alguns andam para o trabalho, outros estão apenas passeando. Até que uma explosão luminosa toma o céu com um barulho ensurdecedor. A luz se dissipa, mas aparentemente nada mudou. Apenas aparentemente.
Vinte anos depois, na
rodoviária da cidade. Um ônibus para e o primeiro a descer dele é Kotaro
Tsugami, um rapaz de óculos, alto e magro, com seus 25 anos de idade. Ele
espera o funcionário tirar suas malas do compartimento do ônibus, ele levou
apenas uma mala com ele. Ele pega todas suas malas, sai da rodoviária e vê uma
jovem, com uns 16 anos, segurando uma placa:
-Kotaro Tsugami.
Kotaro então corre até ela:
-Você deve ser a Melina, como você creceu.
Da ultima vez que te vi você eu era uma criança, mas ainda lembro-me de você
nenêzinha.
Kotaro a abraça muito forte. Ela
faz uma cara de quem está morrendo sufocada. Ele a solta:
-Oi, você deve ser o Kotaro. Minha mãe
sempre fala muito de você. Formou-se em Matemática e procura uma escola para
lecionar aqui. Diz ela
-Sim! E estou muito animado em voltar. Amo
a cidade grande. Diz Kotaro
-Certo, meu pai está esperando no carro.
Diz ela
Os dois caminham até o carro, ao se
aproximarem o pai de Melina, Issamu, vê Kotaro de longe:
-Kotaro, meu sobrinho preferido. Olha como
você cresceu. Diz ele
-Tio Issamu, o senhor é.. Está mais largo.
Melina dá uma discreta
risada. Issamu sai do carro e ajuda Kotaro a colocar suas malas na porta malas.
Mas quando ele vai pegar uma pequena maleta, Kotaro resiste:
-Eu posso levar isso. Diz ele
-Podemos colocar na porta malas. Diz
Issamu
-Não precisa se incomodar, eu levo.
Insiste Kotaro
-Certo. Diz Issamu
Todos entram no carro,
Kotaro no banco da frente, Melina no banco de trás e Issamu dirigindo, claro. O
carro parte, e enquanto passam pelas ruas, Kotaro olha fascinado os grandes
prédios e o número de pessoas nas calçadas.
-Nossa, tinha esquecido como é movimentada
a cidade grande. Observa ele
-E perigosa, desde aquela luz 20 anos
atrás a cidade está em guerra. Diz Issamu
-Eu vejo pela televisão, mas nunca entendi
direito. Diz Kotaro
-Monstros brigam entre si, ou matam
pessoas e caras estranhos de armadura também brigam entre si e com os monstros.
Tem uma Guerra acontecendo. Diz Issamu
-E o governo? Pergunta Kotaro
-O que podem fazer? Apenas contar com os
caras de armadura que vez por outra matam algum monstro. Diz Issamu
Todos se calam. Kotaro aperta
a maleta em suas mãos com força. Chegam a casa, Hyna, mãe de Melina corre para
receber seu sobrinho. Ele sai do carro e logo leva um forte abraço de sua tia.
-Kotaro, meu sobrinho preferido. Há quanto
tempo! Como vai sua mãe? Pergunta ela
-Vai bem, e manda lembranças em formas de
presente. Diz Kotaro animado
-Presentes! Não precisava. Diz ela com um
sorriso no rosto
-Com esse ânimo é difícil acreditar que
não precisava. Diz Kotaro com um sorriso no rosto
-Vamos entrar, preparei torta de abacaxi,
do jeito que você gostava quando pequeno. Diz Hyna
-Torta de abacaxi?! Minha mãe sempre
tentou fazer, mas nunca conseguiu se igualar a senhora. Diz Kotaro
-Oh, é muita generosidade, mas é mesmo
verdade. Diz Hyna cheia de orgulho
Todos entram na casa.
-Melina, mostre onde fica o quarto ao
Kotaro. Diz Hyna
Kotaro leva suas malas
enquanto Melina anda em sua frente:
-Como era em Dengekitai? Pergunta Melina
-Era pacato, 100 mil habitante, eu cursei
faculdade na cidade vizinha e voltava para casa todos os dias. Bem tranquilo,
mas infelizmente sem empregos na minha área. Responde Kotaro
-Hááá, mas será legal ter alguém formado
em matemática para me ajudar nas tarefas da escola. Diz Melina
-Pode contar comigo! Diz Kotaro animado
Eles chegam ao quarto. Melina
abre a porta e ao entrar Kotaro solta as malas.
-Nossa é enorme, fantástico! Diz Kotaro
impressionado
-Sim, nosso quarto de hóspedes de tem
banheiro e tudo. Diz Melina
-Nossa, eu poderia viver para sempre
assim. Diz Kotaro animado
-Bem, agora vou fazer algumas coisas e vou
te deixar a sós para descansar. Diz Melina
-Certo obrigado por tudo, Melina. Diz
Kotaro
Milena sai e fecha a porta.
Kotaro então pega a maleta e a deixa bem guardada.
-Acho melhor cuidar bem de você
Um flash de um ser luminoso
vem a cabeça de Kotaro, e ele fecha a porta do guarda roupa. Ele se deita na
cama, deixando as malas no chão. Ele suspira:
-Acho que vou sentir saudades de casa. Diz
Kotaro
De repente se escuta uma voz
baixa:
-Ei você, ei você. Diz a voz
Kotaro levanta, desce as
escadas rápido e vai até a cozinha, onde encontra Hyna cozinhando:
-Tia Hyna, me chamou? Pergunta Kotaro
-Não, meu filho, impressão sua. Diz ela
-Certo.
Kotaro se afasta da porta,
coça a parte de trás da cabeça, olha para cima e volta para seu quarto. No dia
seguinte, no café da manhã, Kotaro desce arrumado com roupa social e senta-se a
mesa:
-Bom dia. Diz ele
-Bom dia. Respondem todos
-Hum, todo nos trinques. Diz Melina
-É, entrevista numa escola particular,
Preciso passar uma boa impressão. Diz Kotaro
-Você vai conseguir, desde pequeno é o
primeiro da sala. Relembra Hyna
-Modéstia parte. Diz Kotaro
Kotaro começa a passar
manteiga num pedaço de pão de forma e depois coloca café na xícara, bebe um
pouco:
-Poderia passar o açúcar, tia? Pede Kotaro
-Mas já tem muito açúcar o café, meu
filho. Diz Hyna
-Mas é que sou meio viciado em doces. Diz
Kotaro
-Menino, olha a diabetes. Adverte Issamu
-Eu estou bem, tio. Diz Kotaro animado
Minutos depois Kotaro
termina seu café:
-Vou ao meu quarto ver se não esqueci
nada. Diz ele
Kotaro sobre correndo e abre
sua bolsa para ver se esqueceu de algum documento. Ele olha e vê que
todos estão lá. Quando está se preparando para sair ele para, olha para o guarda
roupa, é como se algo o chamasse. Ele corre para o guarda roupa e pega a maleta
e a leva com ele. Ao descer as escadas:
-Uma maleta e uma bolsa? Pergunta Melina
-Sim, é que não vou apenas à escola. Diz
Kotaro
-HÁÁÁÁ, certo. Diz ela
Kotaro sai para a escola.
Cerca de uma hora depois ele está na sala de espera, com outros candidatos. Ele
olha para o candidato do lado:
-E ai, se formou em que ano? Pergunta
Kotaro
-Faz dois anos. Responde ele
-Mas já exerceu? Pergunta Kotaro
-Infelizmente não, eu estava tentando
outras coisas antes de lecionar. Responde ele
-Olha ensinar é a melhor coisa do mundo.
Diz Kotaro
-Se você diz isso é lógico que nunca
exerceu. Afirma o candidato
-O que tem contra..
Antes que Kotaro termine a
frase um tremor toma conta do prédio. Todos os candidatos ficam assustados. De
repente um Slaver voa pela janela. Outro vai até lá e mata o Slaver ferido, um
poder sai do Slaver morto e vai para o Slaver vencedor, que parece ter ficado
mais poderoso. Todos começam a correr.
-Humanos, sempre adiando o inevitável. Diz
o Slaver
O Slaver lança raios pelos
olhos, alguns são atingidos. Kotaro e outros sobreviventes continuam a correr,
mas enquanto Kotaro corre uma voz ecoa em sua mente:
-Ei, pare de correr.
De repente ele é impelido a
parar de correr, ele abre a meleta e um cinto está lá dentro. O cinto fala:
-Idiota, me coloque e podemos salvar todos
que estão nesse prédio.
-Você fala? Pergunta ele
-Não, tem um papagaio atrás de você! Diz o
cinto
Kotaro olha para trás:
-IDIOTA, NÃO PERCA TEMPO! Exclama o cinto
-O que eu faço? Pergunta Kotaro
-Me coloque. Afirma o cinto
Kotaro levanta, coloca o
cinto, mas nada acontece:
-O que faço? Pergunta Kotaro
-Você precisa dizer HENSHIN. Explica o
cinto
-Certo. Diz Kotaro
Kotaro se posiciona, respira
fundo e diz a palavra:
-HENSHIN!
Uma escuridão sai do cinto e
toma conta de Kotaro. Podem-se escutar gritos de Kotaro. Enquanto isso, o
Slaver ataca as pessoas que estão nas salas e acabam sendo pegas de surpresa.
Ele solta raios que vaporizam todos os atingidos. O ultimo sobrevivente se arrasta
quase imóvel de medo. O Slaver anda passivamente em sua direção:
-Você é último, vou aproveitar cada
momento.
O Homem faz uma expressão de
medo, O Slaver pisa em suas costas:
-Nunca vai sentir uma dor assim de novo,
bem, se analisarmos que este serão seus últimos minutos de vida. Mas verá que a
morte pode ser libertadora. Diz o Slaver
Mas quando o Slaver se
prepara para dar o golpe mortal, uma flecha de energia é lançada contra o
Slaver que sente o impacto e bate na parede.
-Quem ousa? Um dos infectados? Pergunta-se
o Slaver
Muito rápido para ser
visto, um vulto soca o Slaver que atravessa a parede e cai no chão fora do
prédio. Um ser de armadura escura está parado em frente ao buraco na parede,
ele olha para o homem no chão:
-Fuja, mela cuecas. Diz o ser
O homem começa a correr. O
ser pula para enfrentar o Slaver, ao chegar ao chão ele diz:
-Slaver, senti saudades de meter porrada
em vocês, é uma ótima terapia. Diz DARK
-Mas o que? Não estou controlando meu
corpo. Diz a voz de Kotaro
-Agora não, idiota. Diz DARK
DARK corre e soca o
slaver que sente um impacto tão forte que quebra o chão no lugar onde cai.
-Você? Não pode ser. Mas você foi
destruído! Grita o Slaver
-O EKSUU conseguiu me trazer de volta. Da
forma errada, mas trouxe. Diz DARK
O Slaver levanta e joga
raios contra DARK, mas os pés de DARK soltam uma luz escura e ele pula muito
alto, desviando dos raios. Ele desce socando o Slaver, o chão no local afunda e
o Slaver explode. DARK grita:
-COMO É BOM ESTAR VIVO DENOVO!
-Ei, mas o corpo é meu. Diz a consciência
de Kotaro
-Calma, eu vou devolver. Diz DARK
-Eu o quero agora. Diz Kotaro
-Não. Diz Dark
-AGORA! Grita a consciência de Kotaro
DARK é
encoberto numa áurea escura e se lança para longe. A áurea das trevas cai num
local deserto, e se desfaz, trazendo Kotaro de volta.
-Mas o que houve? Pergunta Kotaro
-Você é o escolhido para encorporar DARK.
Diz o cinto
-Mas...
Kotaro está surpreso,
simplesmente perplexo. Um cinto falando, seu corpo sendo usado por um ser
poderoso e enfrentando monstros. Tudo isso o deixa paralisado.
CONTINUA
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